Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo,
E este corpo fosse meu próprio
E cada rua me determinasse
Sinto uma nostalgia
Da existência que nunca terei
Penso em tudo que faria
Nas noites longas que tanto almejei
Quando eu for, um dia desses
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar
Suave mistério amoroso
Tão belo quanto as luzes
Que conseguem me captar
Junto com a cidade de meu andar
E talvez de meu repouso
Há tanta esquina esquisita
Tanta nuança de paredes
Há tanta beleza infinita
Nas ruas que nunca andei
E uma história tão grandiosa
Que nem em sonhos sonhei…
Inspirado em “O Mapa” de Mario Quintana
Vem aumentar sua lista de leitura com essa lista de 5 poetas brasileiros!

Paulistana propensa a sonhar demais em meio a realidade. Apaixonada por histórias novas, café(s), bons livros e uma boa playlist que acompanhe isso tudo.